Texto literário muito comum na literatura infantil. Fabular= criar, inventar, mentir. A linguagem utilizada é simples e tem como diferencial o uso de personagens animais com características humanas. Durante a fábula é feita uma analogia entre a realidade humana e a situação vivida pelas personagens, com o objetivo de ensinar algo ou provar alguma verdade estabelecida (lição moral).
- Utiliza personagens animais com características, personalidade e comportamento semelhantes aos dos seres humanos.
- O fato narrado é algo fantástico, não corriqueiro ou inusitado.
Quem avisa amigo é
Em Lagônia, uma grande cidade do fundo do mar, viviam
peixes, cavalos marinhos, e outros bichinhos aquáticos. Essa cidade mesmo sendo
grande era muito organizada, pois cada um dos habitantes respeitavam uns aos
outros e também a regra principal da cidade, que dizia assim: “Que nenhum
morador de Lagônia atravesse o muro Aquarcts ”.
Július, um velho peixe sábio, morador de Lagônia,
criava seu neto Golis, um peixinho muito agitado, aventureiro e curioso.
Em um belo dia de domingo, Július precisou sair bem
cedo para passar um pouco de seu conhecimento para novos moradores. Deixou
então, escrito em um pedaço de papel para seu netinho: “Golis, estou em mais
uma missão de repassar o que sei. Fique em casa até eu voltar e lembre-se de
tudo que já lhe ensinei.”. Golis já era acostumado a ficar sozinho algumas
vezes, e essa seria normal como todas as outras.
Ao início da tarde, Golis não tinha nada de
interessante para fazer, já havia brincado bastante com sua amiguinha Samanta,
e queria uma aventura. Então propôs:
- Samanta, vamos ao muro Aquartics ?
- Golis, não acho que seja uma boa ideia a gente ir
até lá. Você se lembra do que seu avô disse né?
- Lembro sim! Mas eu nunca fui lá Samanta! Queria
conhecer, saber como é toda essa estrutura que nos protege o tempo inteiro. Vamos?
Por favorzinho!
- Ok Golis! Você ganhou!
Então, Samanta e Golis foram a caminho de Aquartcs.
Chegando lá, ficaram impressionados com tamanha estrutura.
- Samanta, vamos atravessar aqui, para ver o porquê
de ter que ficar aqui o tempo todo ? – Diz Golis.
- Golis, não podemos fazer isso!
- Samanta, eu vou então. Você fica.
- Golis, você não pode ir. Lembre-se de tudo que seu
avô já falou para a gente. – Insistiu Samanta.
Golis, todo teimoso foi em direção ao imenso muro, e
a insistência de Samanta para voltarem para casa não valeu de nada. Golis
colocou uma nadadeira para fora do muro e foi puxado para a parte exterior.
Samanta foi logo depressa chamar Július, que ficou desesperado, pois sabia que
não conseguiria trazer seu neto de volta, mas mesmo assim foi até o grande
muro.
E a partir desse dia, não se soube mais o paradeiro
de seu querido netinho Golis e muito menos ficaram sabendo o motivo de não
poder atravessar o muro. Só se sabia então que era perigoso.